Índice
Introdução
O presente trabalho buscou analisar,
de forma teórica o fenómeno Mata-Aulas e suas consequências. O termo usado
actualmente entre os grupos sociais estudantil da cidade de Luanda ou mesmo de
todo o país, alunos das escolas estatais e privadas usam este termo que no dicionário
dos jovens estudantes significa faltar ou mesmo fugir de assistir aulas de
algumas disciplinas leccionadas pelos professores.
O presente trabalho buscou analisar,
de forma teórica o fenómeno Mata-Aulas e suas consequências. O termo usado
actualmente entre os grupos sociais estudantil da cidade de Luanda ou mesmo de
todo o país, alunos das escolas estatais e privadas usam este termo que no dicionário
dos jovens estudantes significa faltar ou mesmo fugir de assistir aulas de
algumas disciplinas leccionadas pelos professores.
Desenvolvimento
O fenómeno mata-aula não é um assunto
novo, se buscarmos os acontecimentos em Luanda nos anos 1998 á 2000 já existia
este fenómeno mais com pouca abrangência a nível da juventude. Os alunos na
aquele tempo matavam aulas para Jogarem futebol, competirem em fristall ou lutarem
com alunos de escolas rivais. O uso de bebidas alcoólicas era pouco consumida,
até que o Ministério do Interior criou a Brigada Escolar e deram fim ao fenómeno
mata-aula na àquela época.
Nos dias de hoje este fenómeno está de
volta com mais força e a ganhar contornos perigosos em Luanda, que faz com que
muitos alunos se furtem de estudar, recorrendo a práticas não abonatórias, como
o consumo de drogas, bebidas e prática de prostituição. Meninos e meninas entre
os 13 e 16 anos aguardam, com grande ansiedade, a chegada da sexta-feira.
Depois das aulas, muitos preferem ficar nos arredores da escola a conviver. Mas
não falam de química nem de biologia. Os assuntos são outros: ‘caipirinha’,
‘shot’, liamba, ‘tchuna baby’, ‘party’, ‘rave’ e… ‘sexo’.
Alguns pais mostram-se assustados e
surpreendidos. Especialistas culpam os encarregados de educação pelo alto
consumo de bebidas e drogas dos filhos. A polícia promete tomar medidas para
travar a nova onda.
Tudo acontece sob os olhos impávidos
de adultos e, às vezes, da própria polícia, em plena luz do dia. Meninos e
meninas, entre os 13 e os 16 anos, sem medo de qualquer tipo de repreensão,
juntam-se para a ‘festa’. Não se importam com nada. O que eles querem é “viver
o momento” e “curtir a adrenalina.” Compram cigarros e bebidas alcoólicas em
bombas de combustíveis. Reúnem-se em paragens de táxis e em quase todos os
largos e praças.
Para alguns deles, como a aluna de 15 anos de um colégio particular na Vila
Alice, estragar o boneco (embebedar-se) num dia de ‘mata-aula’ passou a ser uma
prática normal. Uma caipirinha ou um pica (liamba) não interfere no rendimento
escolar, assegura. “Não dá para encarar a escola de forma séria todos os dias.
Bebo um ‘shot’ (uísque) ou uma caipirinha e mesmo assim tenho notas mais altas
do que muitos colegas que nunca sentiram o cheiro do vinho”.
‘Gostosa’, como faz questão de ser
chamada, tem competência linguística invejável e é aparentemente de uma família
socialmente estável.
O fenómeno mata-aula não é um assunto
novo, se buscarmos os acontecimentos em Luanda nos anos 1998 á 2000 já existia
este fenómeno mais com pouca abrangência a nível da juventude. Os alunos na
aquele tempo matavam aulas para Jogarem futebol, competirem em fristall ou lutarem
com alunos de escolas rivais. O uso de bebidas alcoólicas era pouco consumida,
até que o Ministério do Interior criou a Brigada Escolar e deram fim ao fenómeno
mata-aula na àquela época.
Nos dias de hoje este fenómeno está de
volta com mais força e a ganhar contornos perigosos em Luanda, que faz com que
muitos alunos se furtem de estudar, recorrendo a práticas não abonatórias, como
o consumo de drogas, bebidas e prática de prostituição. Meninos e meninas entre
os 13 e 16 anos aguardam, com grande ansiedade, a chegada da sexta-feira.
Depois das aulas, muitos preferem ficar nos arredores da escola a conviver. Mas
não falam de química nem de biologia. Os assuntos são outros: ‘caipirinha’,
‘shot’, liamba, ‘tchuna baby’, ‘party’, ‘rave’ e… ‘sexo’.
Alguns pais mostram-se assustados e
surpreendidos. Especialistas culpam os encarregados de educação pelo alto
consumo de bebidas e drogas dos filhos. A polícia promete tomar medidas para
travar a nova onda.
Tudo acontece sob os olhos impávidos
de adultos e, às vezes, da própria polícia, em plena luz do dia. Meninos e
meninas, entre os 13 e os 16 anos, sem medo de qualquer tipo de repreensão,
juntam-se para a ‘festa’. Não se importam com nada. O que eles querem é “viver
o momento” e “curtir a adrenalina.” Compram cigarros e bebidas alcoólicas em
bombas de combustíveis. Reúnem-se em paragens de táxis e em quase todos os
largos e praças.
Para alguns deles, como a aluna de 15 anos de um colégio particular na Vila Alice, estragar o boneco (embebedar-se) num dia de ‘mata-aula’ passou a ser uma prática normal. Uma caipirinha ou um pica (liamba) não interfere no rendimento escolar, assegura. “Não dá para encarar a escola de forma séria todos os dias. Bebo um ‘shot’ (uísque) ou uma caipirinha e mesmo assim tenho notas mais altas do que muitos colegas que nunca sentiram o cheiro do vinho”.
Para alguns deles, como a aluna de 15 anos de um colégio particular na Vila Alice, estragar o boneco (embebedar-se) num dia de ‘mata-aula’ passou a ser uma prática normal. Uma caipirinha ou um pica (liamba) não interfere no rendimento escolar, assegura. “Não dá para encarar a escola de forma séria todos os dias. Bebo um ‘shot’ (uísque) ou uma caipirinha e mesmo assim tenho notas mais altas do que muitos colegas que nunca sentiram o cheiro do vinho”.
‘Gostosa’, como faz questão de ser
chamada, tem competência linguística invejável e é aparentemente de uma família
socialmente estável.
Pais desatentos
Para o consultor educacional e
presidente da Associação Nacional do Ensino particular (ANEP), este tipo de
prática entre os alunos, nesta faixa etária, tem sido comum, sobretudo com os
miúdos dos colégios particulares. principalmente às sextas-feiras, muitos não
ficam nas escolas. “Partem para festas e reuniões onde permanecem até altas
horas a consumir bebidas alcoólicas e drogas, chegando mesmo a praticar actos
de promiscuidade”, alerta o pedagogo, acusando as instituições de ensino e os
pais de “desatenção” e de não desempenharem o verdadeiro papel, que não é
apenas o de transmitir competências, mas também cultivar valores cívicos e
morais.
Será que os pais não os
controlam? Será que não sabem? Será que não se apercebem do estado em que os
seus filhos chegam a casa?”, questiona-se um dos assistentes social, prevenindo
que a situação é bastante preocupante, pelo que desafia as escolas, encarregados
de educação e a sociedade a agir com urgência para minimizar esse tipo de
prática.
Falta tempo
Alguns pais e encarregados mostram-se
distraídos, não só em relação aos estudos dos filhos, mas também ao que fazem
fora de casa. Uns, por falta de tempo, delegam essa responsabilidade aos
empregados domésticos. Outros deixam os filhos à sua própria sorte.
algumas alunas da 11.ª classe, acreditam que isso só acontece por “desleixo”
dos pais, porque, várias vezes, as colegas simulam que vão à escola, mas passam
o dia todo em casa de colegas, rapazes, onde consomem drogas, se prostituem e
ainda postam fotos e vídeos do que fazem nas redes sociais. Para as alunas, tem
havido “muita surpresa” porque pensam que o seu único papel é pagar a propina.
Alguns não sabem sequer onde os filhos estudam, nunca fizeram uma única visita
à escola dos seus educandos e, muitas vezes, “é na própria casa onde tudo
acontece”. Ainda assim, Suzana dos Santos e Merícia Gonga crêem que é possível
ser-se bem comportado mesmo quando os pais não estão por perto.
“É preciso que os pais saibam quem são
os professores, os colegas e os amigos com quem os filhos lidam. Devem ser mais
vigilantes, não no sentido de os policiar ou criar uma lista de proibições, mas
estando atentos à escola, por esta ser a primeira instituição fora da família
em que a criança entra em contacto com a sociedade”, aconselha.
Para o consultor educacional e
presidente da Associação Nacional do Ensino particular (ANEP), este tipo de
prática entre os alunos, nesta faixa etária, tem sido comum, sobretudo com os
miúdos dos colégios particulares. principalmente às sextas-feiras, muitos não
ficam nas escolas. “Partem para festas e reuniões onde permanecem até altas
horas a consumir bebidas alcoólicas e drogas, chegando mesmo a praticar actos
de promiscuidade”, alerta o pedagogo, acusando as instituições de ensino e os
pais de “desatenção” e de não desempenharem o verdadeiro papel, que não é
apenas o de transmitir competências, mas também cultivar valores cívicos e
morais.
Será que os pais não os controlam? Será que não sabem? Será que não se apercebem do estado em que os seus filhos chegam a casa?”, questiona-se um dos assistentes social, prevenindo que a situação é bastante preocupante, pelo que desafia as escolas, encarregados de educação e a sociedade a agir com urgência para minimizar esse tipo de prática.
Falta tempo
Alguns pais e encarregados mostram-se
distraídos, não só em relação aos estudos dos filhos, mas também ao que fazem
fora de casa. Uns, por falta de tempo, delegam essa responsabilidade aos
empregados domésticos. Outros deixam os filhos à sua própria sorte.
algumas alunas da 11.ª classe, acreditam que isso só acontece por “desleixo” dos pais, porque, várias vezes, as colegas simulam que vão à escola, mas passam o dia todo em casa de colegas, rapazes, onde consomem drogas, se prostituem e ainda postam fotos e vídeos do que fazem nas redes sociais. Para as alunas, tem havido “muita surpresa” porque pensam que o seu único papel é pagar a propina. Alguns não sabem sequer onde os filhos estudam, nunca fizeram uma única visita à escola dos seus educandos e, muitas vezes, “é na própria casa onde tudo acontece”. Ainda assim, Suzana dos Santos e Merícia Gonga crêem que é possível ser-se bem comportado mesmo quando os pais não estão por perto.
“É preciso que os pais saibam quem são
os professores, os colegas e os amigos com quem os filhos lidam. Devem ser mais
vigilantes, não no sentido de os policiar ou criar uma lista de proibições, mas
estando atentos à escola, por esta ser a primeira instituição fora da família
em que a criança entra em contacto com a sociedade”, aconselha.